Rio Grande do Sul. Santa Maria. Madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, um ano que mal tinha começado, começava mal. 

Era uma boate. Em qualquer lugar do mundo existia coisa parecida. Menos por um motivo.

Incêndio.

A repercussão todos sabem. O mix de sentimentos à flor da pele de um país inteiro. Cada um de nós, ao seu jeito, sofreu um pouco imaginando como será a vida dos que perderam alguém amado e ficaram por aqui, perdidos.

Números enormes envolvidos.

Quatro pessoas foram presas preventivamente. Mais do que a prisão física, imagino a prisão mental e psicológica que cada um deles enfrentará daqui em diante.

Impunidade, ignorância, lágrimas.

De alguma forma, todos nós nos vimos representados por uma daquelas pessoas. Alguns sendo universitários, alguns sendo jovens que frequentam boates igualmente despreparadas, outros sendo pais, outros sendo bombeiros em meio a um cenário de guerra. Mas todos sendo seres humanos.

A necessidade de continuar vivendo batia de frente com uma infinidade de porquês.

Sem resposta, a compaixão é o que restou.  Ela e a fé.

"Enquanto a sua ida puder fazer alguém chorar

É sinal que a sua vida ainda não deve acabar.

Já que não há saída, eu posso apenas imaginar

Como seria a minha vida sem a sua pra me alegrar"