chegar em casa no dia seguinte, ainda bêbada, e encontrar uma coca-cola na geladeira.
poucas coisas na vida causam tamanha felicidade instantânea.
e ainda que sejam poucas, eu sabia exatamente qual outra coisa queria pra acompanhar aquele copo de calorias e futuras celulites que eu ingeria.
nos despedimos meio sem jeito ontem a noite, na rua escura e sob a luz da lua mais maravilhosa dos últimos anos (isso não deu tempo de te falar, espero que você também tenha reparado).
não é do seu feitio se comportar assim, nem do meu acabar com uma garrafa de vodca barata. arriscamos combinar as duas coisas e, ok, não deu nada certo.
fui embora pelo lado direito só porque sabia que você iria pelo esquerdo. você não fez questão de olhar pra trás. espero que o motorista do táxi não se importe com todas aquelas lágrimas que eu derrubei no estofado.
(tenho certeza que você foi embora a pé, chutando todas as coisas que ousaram passar pela sua frente.)
lembrar disso tudo - assim, tão rápido - causou uma boa dor de cabeça.
toca a campainha.
abri.
sorri.
era você.
abraço longo. tentei soltar, você apertou mais forte.
agora sim meu remédio pra ressaca e minha cápsula de felicidade instantânea estavam completos.
Serio, paguei um pauzão pra esse texto. Um dos seus melhores.
ResponderExcluirSem mais.