comigo sempre era diferente. sempre era diferente.
no inverno, quando o vento da noite me fazia sentir todo o trajeto do ar até o pulmão, eu ficava mais vulnerável.
ou era seu sorriso, quente, que me fazia bem. não sei ao certo.
só sei que era lá, nos dias mais frios, que eu sempre sentia sua falta.
pra colocar a mão na minha perna e falar "tá com frio de novo, né?". e rir da ponta do meu nariz gelado.
aí quando chegava o calor, eu me bastava.
nutria ódios e rancores de você. passava a te odiar mais que qualquer coisa.
mas o inverno voltava.
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